sábado, 18 de julho de 2020

O Menino que Acreditava em Milagres






Título: O menino que a acreditava em milagres
Autor: John O'Leary
Editora: Universo dos livros
Ano: 2016

"Escolher ser vencedor significa olhar imediatamente para o que temos, e não para o que nos falta. Com gratidão, liberamos vitalidade, longevidade e otimismo. Escapamos das correntes que nos prendem e das paredes que nos aprisionam, e entramos em uma vida que está reluzente, e na qual estamos em festa." (p. 106)

Meu resumo

O livro, na realidade, não é uma narrativa, e sim, um livro de auto-ajuda motivacional. Contem algumas narrativas, que relatam o grave acidente que o autor viveu em sua infância e como ele foi capaz de superar o desastre.
Quando criança, John tentou imitar uma brincadeira com gasolina e fogo que ele viu adolescentes fazendo, e acabou incendiando sua casa e seu corpo. Seus irmãos ajudaram a resfriá-lo, mas mesmo assim, ele teve 100% do corpo queimado.
Ficou no hospital durante meses, fez inúmeras cirurgias e um pós operatório bem traumático, que culminou no amputamento dos dedos das mãos.
Com muita ajuda da família, amigos e celebridades, o garotinho foi capaz de superar uma a uma das barreiras que lhe foram impostas para viver uma vida plena apesar das limitações.

Impressão geral do livro

Foi uma surpresa, na verdade, descobrir que não se tratava de um romance ou de uma ficção. Auto-ajuda e biografias são dos gêneros literários que raramente leio. Mesmo assim, achei a obra riquíssima e abençoadora. Deus realmente poupou aquela criança para que fosse usada como instrumento de divulgação do seu milagre na vida das pessoas.
A divisão do livro também foi interessante, com capítulos iniciados por um trecho narrativo e seguindo por lições extraídas desses relatos.

Como a história me impactou

 A obra que Deus fez na vida do autor mostra o grande amor com que ele nos ama. Mostra a sua misericórdia e graça quando não há mais esperanças.
As lições de superação, crescimento, aceitação e coragem ficarão marcadas na minha memória.

Frases para guardar

"Mas qualquer pessoa que tente viver uma vida espiritualizada logo descobre que o mais pessoal é o mais universal, o mais oculto é o mais público. O mais solitário é o mais comunitário. Os momentos em que estivemos frágeis e que conseguimos superar são aqueles que nos conectam com outros seres humanos, nossos semelhantes." (p. 52)
 "Eu pensei em suas repostas. Temos aí uma doença que tira tudo do paciente e, ainda assim, ele era grato por não ser pior. A doença o forçava ao isolamento, e ele, ainda assim, era grato pelo tempo para refletir. A doença o fazia totalmente dependente dos outros, e, ainda assim, ele era grato por seus relacionamentos, em especial pelo que tinha com sua esposa." (p. 90)
 " ' Eu amo você, e não há nada que você possa fazer a respeito!' Essas palavras permitem que nos concentremos nos outros, em suas necessidades e no que estão dizendo. Mantém sua atenção no que podem precisar naquele momento, em vez de focar no que podem tomar de você ou no que você pode tomar deles. E o concentra no presente, na possibilidade que vive neste fragrante e sagrado momento." (p.182)
 "O amor é como uma lente através da qual se pode ver a vida." (p.188)

Consideração final

Eu teria ainda muitas frases marcantes para registrar, mas prefiro guardar na memória as lições aprendidas. Incentivo você a conhecer essa obra rica e motivadora, apesar dos jargões típicos da categoria.



sábado, 11 de julho de 2020

Marcadas pela Diferença


Título: Marcadas pela Diferença
Autora: Janette Oke
Editora: Vida
Ano: 1995

"Glenna escolhia a palavra 'bênção' para tudo o que acontecia de bom na sua vida e agradecia a Deus. Bem, se Deus fosse o responsável e amasse a todos, por que escolhia favorecer alguns e fechar a porta para outros? pensou Berta. Por que Glenna ficava com a melhor parte? Não era justo." (p. 98)

Meu resumo

Duas irmãs. A mesma criação. Duas personalidade opostas.
Quando Glenna nasceu, Berta viu seu mundo desmoronar. Não gostava da atenção excessiva que dedicavam à recém-nascida, os elogios que sempre teciam sobre ela e o segundo plano que lhe havia sido imposto como irmã mais velha. Decidiu que seria completamente diferente de Glenna em tudo.
As coisas não mudaram quando elas cresceram. Na verdade, a diferença entre elas ficou ainda mais acentuada. Enquanto Glenna crescia bela, alegre e com uma simpatia natural, Berta era sempre séria, rude e descuidada.
Até que Glenna se casa e Berta decide morar sozinha. O tempo passa, mas Berta ainda sente o fantasma da irmã pairando sob sua vida. Ela não estará verdadeiramente livre até poder deixar o orgulho de lado reconhecer que, embora tão diferentes, ambas fazem parte dos planos de Deus.

Impressão geral do livro

Primeira vez que leio Jannete Oke, e a autora me causou boa impressão. O livro é cristão, bem escrito, com uma mensagem importante sobre auto-aceitação e a visão que devemos ter do que somos em Cristo.
No entanto, não é um livro com grandes reviravoltas (apesar de também ser trágico), nem daquele tipo de se tirar o fôlego. É um pouco parado e se torna pesado por se acompanhar tão de perto a personalidade difícil e excessivamente reservada de Berta.

Como a história me impactou

O livro me mostrou que mesmo a personalidade mais rude pode ser moldada por Deus para os seus propósitos, e que quando nos fechamos para as pessoas, quando só criticamos e quando nos afastamos, os mais prejudicados somos nós mesmos. Berta sofreu muito querendo "punir" as pessoas que queriam moldá-la segundo os padrões da irmã. Com essa aparente indiferença, ela acabava cada vez mais distante de todos e isolada para viver sua amargura. Ao nos libertarmos disso, podemos viver a vida que Deus tem para nós, sem precisar nos comparar com ninguém, nem para sermos melhores, nem para sermos piores.

Frases para guardar

"Para mim, a história de José é emocionante - continuou Thomas. - Para mim, ela diz que as pessoas têm a mesma oportunidade. Só porque o seu histórico familiar não é ideal não significa que você não pode ser uma pessoa justa. Quero dizer, Deus escolheu Abraão e tirou-o de uma terra pagã porque viu que ele era um homem com quem podia contar. Um homem que poderia aprender, poderia ceder. Não um homem perfeito, mas um homem dócil." (p.53)

Consideração final

Livro bom, bem escrito, com personagens interessantes. Fiquei um pouco decepcionada em alguns momentos, triste em outros, mas também encantada com um personagem que mostrará a Berta quem ela realmente é.