sábado, 23 de novembro de 2019

Redenção - Vol. 1



Título: Redenção - Vol. 1
Autores: Karen Kingsbury e Gary Smalley
Editora: Pórtico
Ano: 2002 (original)/ 2014 (Brasil)

Para sonhar e para chorar...



      Esse é o primeiro livro da saga da família Baxter, que narra a história de Kari Jacobs.
    John e Elizabeth Baxter são um casal exemplar. Possuem uma fé descomunal e criaram nos caminhos de Deus seus cinco filhos.
     Kari é a Baxter mais temente a Deus. Moça bonita e bondosa, espera desde a juventude poder se casar e formar uma família com Ryan Taylor, o atleta mais popular da região, que acabou se tornando uma celebridade no esporte. Mas um mal-entendido os separa definitivamente, levando Kari a uma melancolia que ela acredita que nunca terá fim, até conhecer o professor Tim Jacobs. 
     Kari e Tim se apaixonam sinceramente e se casam, mas a rotina e as expectativas frustradas de cada um acabam levando Tim a desenvolver um relacionamento extraconjugal com uma aluna.    Quando Kari descobre a traição do marido, Tim se declara apaixonado pela amante e pede o divórcio. Mas a devoção e a obediência a Deus fazem com que Kari lute por seu casamento até o fim, mesmo que Tim não esteja mais disposto a tentar, todos ao seu redor dizem para ela desistir, e Ryan volta a sua vida, mostrando o amor que sempre teve e que para sempre teria por ela.


PING-PONG:

Título e Capa: Como essa é uma série, talvez eu precise ler todos os volumes para entender como os títulos se relacionam. Mas redenção é justamente o que Tim precisa ao perceber seus erros e seu afastamento de Deus. A capa mostra uma moça com a descrição de Kari, evidenciando uma aliança de casamento, como aquilo que ela mais valorizou na história.

Como o livro me achou: Foi em uma daquelas feiras do livro, com apenas o primeiro volume da série. Agora que já me apaixonei pelos personagens, como bancar os próximos 4 livros, com um preço altíssimo?

Foi Top: Livros verdadeiramente cristãos são mesmo tops. Um romance, uma ficção, uma aventura da vida cotidiana com a preocupação de mostrar os valores de Deus. Achei top o conteúdo teológico e a escrita cativante, parecida com a de Francine Rivers, em que as 415 páginas voam em um piscar de olhos.

Não tão Top: Um autor que cativa o leitor com seus personagens devia ser proibido de partir nosso coração dessa maneira. Detestei como a história terminou, e não era necessário terminar com uma tragédia, se a mensagem de redenção já havia sido passada. Não redimo os autores por isso!

Quem me conquistou: Os personagens parecem bastante reais e falhos, exceto Kari, que parece de outro mundo. Por essa razão, não encontrei alguém que se destacasse assim, apesar de ter gostado bastante de John Baxter, sua fé e cuidado com a família, e ter ficado bastante curiosa sobre a vida de Landon, que será melhor tratada no próximo volume.

Quem podia cair fora: Como sempre, tem personagens que não poderiam sair da história, caso contrário, nem haveria história, mas a amante de Tim, Angela Manning é mesmo uma megera. Quando criança, viu seu pai abandonar a família para viver com outra mulher, e quando ela cresce, o que ela faz? Além disso, diz que ama Tim, mas mesmo ele contanto que tem histórico familiar de alcoolismo e querendo se manter longe de bebidas, o que ela faz? Insiste para ele começar a beber. Amantes já não são boa coisa, mas essa menina é uma diaba mesmo.

O que o livro me ensinou: Que devemos viver de acordo com o que Deus nos ordena a qualquer custo. A graça dele nos basta. E que Deus honra a nossa confiança e obediência.

"Depois de meses de raiva, traição e sofrimento indescritíveis, uma semente de amor e riso sobreviveu lá no fundo deles. Se eles podia rir juntos agora, depois dos longos períodos de outono e de inverno [...], isso podia significar apenas uma coisa. Estava chegando a primavera." (p. 369)

     Bem, alerto que a história não termina bem, e não é que nos próximos volumes a coisa vai melhorar, não acaba bem mesmo. E nem precisava desse final, foi só uma apunhalada pelas costas que a autora quis dar para marcar o leitor com uma lembrança triste e desesperadora, e não com a primavera anunciada. Fica a seu critério se aventurar nessa história ou não. Mas, pela excelente escrita e pela mensagem de fé, minha avaliação permanecerá muito boa.


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